domingo, 15 de fevereiro de 2015

Resenha n° 04 - Pólvora

Título: Pólvora

Autor: Tico Santa Cruz

Editora: Belas Letras

Páginas: 168

Classificação: 4 estrelas

Sinopse: A novela policial originalmente publicada na internet com mais de 300 mil leitores.Pólvora é o livro proibido do roqueiro Tico Santa Cruz, definido pelo próprio autor como uma narrativa "psicótica, suja e violenta". Inicialmente escrito em capítulos curtos para postar em seu blog, em poucas semanas virou fenômeno na rede. Uma leitura intensa e chocante sobre terror e caos, hipocrisia e preconceitos, política e serial killers. Mas, acima de tudo, sobre o lado mais sombrio de cada um de nós.




Minha história com esse livro começou de uma maneira totalmente atípica. Confesso que não conheço o autor como músico, só de nome, não me julguem por não gostar do estilo musical em que ele se projeta, isso não vem ao mérito em questão. Pelo menos, em minha defesa, sei que o mesmo é politizado e tem bastante bom senso, visto os posts que aparecem compartilhados do músico na minha "Time Line" do Facebook. Fiquei sabendo do lançamento e/ou noite de autógrafos que teria do seu livro aqui em Ribeirão Preto e fui me aventurar por ter lido a sinopse e saber que o livro era policial.



Ignorem a minha falta de fotogenia e o fato da foto estar tremida. Depender de ajuda nesses eventos resulta em fotos assim. 

Ao me decidir por estipular a meta para a Maratona Literária de Carnaval com livros nacionais, coloquei esse por dois motivos:

- Ser um livro policial;
- Ser um livro curto.

Decidi começar a leitura por ele por esses mesmos motivos e qual não foi a minha surpresa ao me deparar com um thriller psicológico ou quase psicótico, que ficava mais intenso e instigante a cada virar de páginas.

Aqui vai um adendo, comprei o livro, peguei autógrafo, mas não curti muito a diagramação, letras muito pequenas para quem tem problemas de vista como eu, então comprei o ebook na Amazon e li no meu Kindle, sou desse tipo de louca, e não me arrependi, primeiro por que o ebook está baratinho e além de poder aumentar a letra, dá para ter uma noção de quanto tempo falta para o término do capítulo (baseado no seu ritmo de leitura) ou do livro. 

Tudo bem, chega de propaganda de graça para a Amazon. Voltemos a resenha. 

Tico sabe como envolver o leitor na sua história e o mais interessante é que a princípio foi publicado aos poucos no blog do cantor. Acho que sofreria por demais se tivesse lido dessa maneira, pois ao acabar um capítulo, você se pega ansioso para saber o que vem a seguir. Isso é o mais importante ao se ler um livro desse estilo.

A narrativa é feita em primeira pessoa, onde um banqueiro, sem nome, nos conta como conheceu a enfermeira Lorena, chamada por ele de Lore, e de como uma viagem deles começa a sair, ou entrar nos eixos, depois de alguns rompantes da jovem, iniciando uma série de assaltos, assassinatos, muito sexo e drogas, além de outras companhias que eles encontram pelo caminho.

Tudo isso é alternado com reminiscências de infância, adolescência do personagem principal.

Ao longo da narrativa ficava me questionando que não era um livro policial, beirava o thriller e quase chegando ao terror. O mais interessante é que havia saído ontem e a cada momento em que parava, pegava o Kindle e começava a ler. Acho que algumas pessoas devem ter me achado totalmente insana pelas minhas feições ao ler. Desculpa sociedade por ser anti social até quando saio com amigas, mas a curiosidade ao saber o desenrolar da trama era maior.

Os personagens são tão problemáticos, psicóticos, insanos ou estariam apenas se divertindo e passando bons momentos matando, roubando? Fica a dúvida para a reflexão de todos.

Não posso soltar spoiler, mas o final não foi tão bom quanto esperava, talvez por isso tenha retirado uma estrela, apesar disso, achei um daqueles livros de explodir a cabeça, é como se a Pólvora do título estivesse lá com esse objetivo.

E para quem for ler esse livro e gostar, apenas posso recomendar o livro do Raphael Montes que é tão cheio de emoções quanto esse, senão mais. Anotem aí: Dias Perfeitos que tem o personagem mais amável, psicótico, psicopata que já conheci. Opa, chega... talvez algum dia releia para resenhar apropriadamente.  


















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